Só Podia Né?

terça-feira, 30 de novembro de 2010

esta quente, o relogio na mesinha de cabeceira marca 2 da tarde, estou semi nua, e parece que bebi ontem. minha cabeça pesa, o apartamento cheira a eucalipto e cigarro. suspiro, me levanto com os pés descalços e ali de pé no quarto procuro por algo que nao sei o que é. tento organizar minhas idéias e precebo que meu passado sumiu, nao me lembro de abssolutamente nada. ainda preciso encontrar algo.. ando lentamente pelo corredor e encontro na cozinha o que eu estava procurando. ele se vira pra mim, sorri e me pergunta onde estao minhas roupas (risos). e é como se eu o conhecesse a séculos, mas nao me lembro bem como isso aconteceu; de alguma forma sei que ele era meu passado, presente (...). ele esta vestindo uma camiseta preta, shorts, quando sorri une as sobracelhas e os olhos chegam à quase sumir. neste momento ele tenta sem muito sucesso, faser p mim um suco de laranja. ele é como os caras dos comerciais de tenis, grande, forte e tem os dentes brancos, e quase sempre me perco dentro do abraço dele. eu bebi o suco, fomos até a locadora. ele inssiste em comédias. (suspiros descontentes) cigarros, e salgadinhos. nao sei como ficamos naqele apartamento por dois dias. sendo suficientes um para o outro. eu tenho o mesmo gosto pra musicas, e ele o mesmo gosto para programas, é como se um fosse a continuaçao do outro, mas me recuso a chama-lo de alma gemea, ele acha cafona. a ideia de nao saber quem sou me incomoda, mas ele logo me toca e esqeço de me preocupar. sexta feira, 6 da manha ele esta na porta do quarto, vestido, e usa oculos de lentes pequenas (me lembram um cantor de um trio de sucesso de minha infancia) , logo percebo que acabo de me lembrar de algo do meu passado. visto depressa qualqer roupa larga e vamos até o parque caminhar. esta frio e ele reclama sobre eu ter esqecido a blusa denovo, e logo entrega a dele à mim, e ameaça nao faser isso denovo, se eu continuasse assim destraida. nós dançamos juntos, sem musica nenhuma, comemos alguma coisa e logo devolvo a blusa, o sol esta forte. nos sentamos ele gentilmente me diz- : minha menina boba, estou indo embora. - ele me entrega as chaves, e diz que logo alguem vai buscar as coisas dele. ele consegue ser tao doce, e suave em suas palavras que nao consigo nem pedir p que ele pare e pensse no que disse. olho pra ele e digo que esta tudo bem. ele se levanta, me beeija e vai embora, enquando do banco eu assisto ele ir, ainda sentindo ainda o cheiro dele nas minhas roupas. o céu esta lindo e espero ele aqui, até o meu ultimo centavo e até que estes cigarros cheguem ao fim. ele será o unico que terminará minhas frases, me beeijara dessa maneira e trará meu passado de volta.     - [ para Filipe Mendes Araujo <3

Nenhum comentário:

Postar um comentário